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A Volkswagen está freando a produção na fábrica de Taubaté
A Volkswagen tem adotado medidas para reduzir a produção na fábrica de Taubaté, no interior de São Paulo, há pelo menos quatro meses. Essas ações são uma resposta à alta dos juros, que está impactando o setor automotivo. Desde o início do ano, a montadora tem utilizado paralisações parciais, como férias coletivas, shutdown (parada temporária) e dayoff (folga coletiva), com duração de pelo menos 30 dias.
A mais recente medida anunciada pela Volkswagen é um layoff, que consiste na suspensão temporária dos contratos de trabalho, afetando cerca de 800 funcionários, de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos. Essa suspensão temporária deve começar em agosto e inicialmente terá a duração de dois meses. Com o layoff, um turno de produção na fábrica será suspenso, afetando o modelo Polo Track, que é o modelo de entrada da marca produzido nessa unidade.
A empresa afirma que essa medida é necessária para adequar o volume de produção à demanda do mercado. Segundo Audrey Cândido, secretário geral do Sindicato dos Metalúrgicos, o layoff é uma ferramenta de flexibilidade prevista no acordo com a montadora e serve para evitar demissões arbitrárias.
Além do layoff, a Volkswagen já havia adotado outras medidas de flexibilização nos últimos meses. Isso incluiu férias coletivas e paralisações temporárias da produção por meio de shutdown e dayoff. A justificativa da montadora para essas medidas foi a manutenção da linha de produção e instabilidade na cadeia de fornecimento de componentes, além da estagnação do mercado automotivo.
Vale ressaltar que a Volkswagen chegou a considerar a aplicação do layoff no início de junho, mas voltou atrás após o Governo Federal anunciar cortes de impostos com o objetivo de reduzir o preço dos carros populares. Na ocasião, a empresa alegou que a suspensão do layoff estava relacionada às novas perspectivas de demanda de vendas no setor automobilístico.
A crise está só começando…